Embora pensam que tenha começado na dinastia Qin (ou Chin) e Han (300 a.C.) o verdadeiro início da dança do leão chinês é um grande mistério. Para começar, como é que um animal não nativo da China torna-se uma parte tão grande da tradição chinesa?
Uma lenda popular fala de um monge (ou, em algumas versões da história, um imperador), que sonhou que a China estava prestes a ser atormentada por muitos males. Ao acordar ele orou fervorosamente aos deuses por uma maneira de evitar a catástrofe vinda, e foi recompensado com uma visão de um leão. Como o monge nunca tinha visto ou ouvido falar de um leão antes, ele criou o seu próprio a partir de muitas outras criaturas míticas, incluindo o dragão e unicórnio. Isso certamente explica por que os “leões” usados nas danças não se parecem muito com os reais.
Outras histórias sobre este animal surpreendente, é sobre um leão mais mágico e menos realista como o dos outros contos. Com o tempo, os trajes coloridos e chamativos usados na dança do leão surgiram, um mundo longe de suas raízes africanas.
O monge que domou (ou criou) o leão é muitas vezes usado no acompanhamento na Dança do Leão nos dias de hoje. Esse “Monge” que acompanha os dançarinos do leão é um personagem que representa a sabedoria e a calma.
Ainda outra lenda descreve o leão como originário dos céus. Ao invés de ser uma criatura feroz, este leão era brincalhão e um pouco malandro. Um dia, o leão exagerou na brincadeira com o Imperador de Jade, que num acesso de raiva cortou a cabeça do leão. Guanyin, a Deusa da Misericórdia, testemunhou a morte do leão e se encheu de piedade. Ela colocou a cabeça do leão de volta no seu corpo, prendendo o novamente com uma fita vermelha mágica. Trazendo de volta à vida, ela ainda presenteou o leão com um espelho e chifre na cabeça para afastar os maus espíritos.